quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Roberto de Lucena pede exoneração do presidente da Funai


Vice-líder do Partido Verde na Câmara mostrou preocupação quanto à violência que os índios vêm sofrendo e sobre a presença estrangeira nas aldeias. 
O deputado Roberto de Lucena (PV-SP) questionou, nesta quinta-feira (24/11), em pronunciamento na Tribuna, a maneira como a FUNAI - Fundação Nacional do Índio está sendo conduzida, principalmente, depois de tantos casos de violência contra índios na Amazônia e pela entrada de estrangeiros em reservas indígenas. O deputado pediu a exoneração do presidente da Funai, Márcio Meira.

O parlamentar citou a matéria da revista Veja que mostra a entrada de jornalistas australianos no território Suruawahá.  A matéria mostrou ainda que índios estariam sendo inflamados com a informação de que deputados federais poderiam matá-los e atear fogo sobre suas malocas.

Pedido de investigação
“Como prometi naquele pronunciamento, já protocolei no dia 18 deste mês, Representação junto à Procuradoria da República para que investigue o caso”, disse. O deputado citou ainda que recebeu a informação do Instituto das Culturas Índias do Brasil – IACIB, por meio de seu presidente, Davi Terena, que fato semelhante ocorreu com os índios “Zoé”, o que inclusive está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em virtude de Representação encaminhada pelo IACIB à Procuradoria Geral da República.

“Segundo o Senhor Davi Terena, índios da etnia Zoé estão recebendo constantes visitas de estrangeiros em sua área, tendo lá inclusive uma espécie de “hotel” para receber os estrangeiros”, informou. O parlamentar disse ainda que tomou conhecimento que estes mesmos índios também tiveram suas entrevistas truncadas com uma falsa tradução feita por pessoas ligadas a FUNAI. Preocupado com esta informação, solicitei a um grupo de linguísticos que analisassem a tradução da entrevista que esta sendo publicada em um site internacional” – disse Roberto de Lucena.

O deputado Roberto de Lucena também chamou atenção para o caso de violência ocorrido no dia 18/11. O cacique da tribo Kaiowá foi assassinado, quatro pessoas desapareceram e muitas feridas na comunidade Tekoha Guaiviry, entre os municípios de Amambai e Ponta Porã, no Mato Grosso, com a invasão de 40 pistoleiros fortemente armados.

“E o mais grave é que esta era um tragédia anunciada. A Funai sabia da tensão na área e o nada fez, de fato, para impedi-la” – denunciou. O deputado alertou para casos semelhantes na Bahia envolvendo as etnias Tupinambá e Pataxó Hã Hã Hãe. “Vamos ficar aguardando que tragédias também aconteçam lá?”, concluiu.



Fonte: Blog do Max

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